por Luciana Plaas
Natal é tempo de troca de presentes, renovação de esperanças, comilança e, também, hora em que arregaçamos as mangas e vamos para cozinha. Cada família tem uma tradição para esta noite. Em várias partes do mundo. O Panetone, típico pão de Milão foi incorporado em várias culturas. O porco assado é tradição em Miami, principalmente entre as famílias cubanas. Na Inglaterra e em Porto Rico, faz parte da ceia.
Existem as razões históricas para certas especialidades. Caso do Vanillekipferl. São biscoitos feitos na Áustria, na Alemanha e na Hungria. Tem o formato da lua crescente, igual à bandeira da Turquia. Dizem que foram criados para celebrar a vitória da dos húngaros sobre os turcos, em uma das muitas guerras entre essas nações.
Na Lituânia, Polônia e Ucrânia, na noite de Natal o quente é comer os Uszka. São espécies de ravioles, recheados com cogumelos ou carne moída. Os sérvios preparam o Cesnica, que é um pão, feito para o café da manhã. E colocam uma moeda dentro deste pão. Lá, o café é a refeição mais importante no Natal. Todos quebram pedaços desse pão. Quem encontrar a moeda é considerado o mais afortunado da família. Mas o dono da casa tem que comprar a moeda para que o dinheiro permaneça na lar.
Em Portugal é o galo é que vai para forno, não apenas o bacalhau. Buñuelos é uma espécie de sonho, muito popular nas Filipinas, Turquia, Grécia, Marrocos. Na Provença, a tradição fica por conta das treze sobremesas, que representam os doze apóstolos e Jesus Cristo. São colocadas na mesa no dia do Natal, e permanecem intactas por três dias, até o dia 27. Ainda bem que anda frio por lá.
Este ano fui incumbida de fazer os belisquetes, para antes da ceia. Pão, sempre gosto de fazer. Fiz também uns espetinhos de cordeiro que foram muito bem quistos pela família numa outra ocasião. Para finalizar resolvi inovar. Achei tão bonitinhas umas trouxinhas que vi em um livro. Maldita hora que olhei. O Natal é feito de tradição, não inovação. São panquecas cortadas em círculos. Recheei com beringela e ricota. Amarrei com cebolinha. Mas o trabalho que foi amarrar uma a uma...
Enfim, saíram. Mas paguei todos os meus pecados. Principalmente o da gula. Não tive nem tempo de almoçar. Mas seja com inovação ou tradição, que tudo se renove. E um bom Natal para todos, com fartura!
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