sexta-feira, 16 de julho de 2010

A volta ao mundo da Decanter

por Alexandre Lalas

Todo bom enófilo adora uma feira de vinhos. Pudera. É a oportunidade de provar uma infinidade de rótulos, de inúmeros produtores, de variadas regiões, estilos e preços. É uma alegria só. Em junho, a importadora Mistral promoveu o encontro anual dos produtores que fazem parte do catálogo da empresa. Foi um baita evento. Em agosto será a vez de outra importadora fazer o show. A caravana da Decanter vai passar por quatro cidades brasileiras. No Rio, a festa vai rolar no dia 2 de agosto, no Sofitel, na praia de Copacabana. A entrada custa R$ 180 e está a venda na loja Espírito do Vinho (2286-8838), na Cobal do Humaitá. Quem quiser ir é bom garantir logo o ingresso. As vagas são limitadas.

Esta será a terceira edição da feira da Decanter. Neste ano, 70 produtores de 12 países estarão apresentando centenas de rótulos. Muitos deles, novidades no mercado nacional. Para facilitar a vida dos leitores, a coluna preparou um pequeno guia com o que de melhor há para provar no evento.


Viña Alicia: Vinícola argentina de butique, produz vinhos superlativos, raros e sempre muito bem pontuados. Não deixe de provar o Brote Negro, um malbec de qualidade excepcional, e o Cuarzo, feito a base de petit de verdot e um dos grandes vinhos do país. Outra dica: vale a pena passar um tempo conversando com a proprietária da bodega, Dona Alicia Arizu. É sempre uma aula, de vinho e de vida.

Riglos: Outra vinícola argentina que impressiona pela qualidade. O sócio da empresa, Fabián Suffern, vai estar atrás do balcão conversando com os convidados. Entre os vinhos da Riglos, destaque para o Gran Corte.

El Principal: Vinícola chilena do Alto Maipo, produz vinhos de qualidade em todos os níveis de preço. Entre os tops, destaque para o El Principal, corte de cabernet-sauvignon e carmenère.


Villard: Um sauvignon blanc e um syrah são os destaques desta pequena vinícola chilena. O Expresíon é um dos bons vinhos feitos com a sauvignon blanc no país. Já o Tanagra é um syrah de grande qualidade, feito no frio vale de Casablanca. Um dos melhores produzidos com a cepa no Chile.

Bouza: Dois vinhos desta pequena bodega uruguaia chamam a atenção: um curioso albariño e um raro corte de tannat, merlot e tempranillo, o Monte Vide Eu.

Alain Brumont: Um dos mais importantes produtores do Madiran, no sudoeste francês, Brumont é uma das estrelas da feira. Vinhos sempre muito bem feitos, desde o bom e barato corte de gros manseng e sauvignon ao caro e raro Montus La Tyre. Tudo é bom. Imperdível: o Brumaire Pacherenc Du Vic Bilh Doux, branco doce espetacular.

Domaine Pierre Labet: François Labet é o proprietário da Domaine e também do Château de La Tour (não confundir com o Latour de Bordeaux), ambos da Borgonha. Excelente papo, grande figura e produtor de vinhos de primeira linha. O Clos Vougeot feito por ele é uma obra-prima. E mesmo os borgonhas genéricos estão furos acima da maioria dos pares. Visita indispensável e prove toda a linha.

Pio Cesare: Produtor italiano, do Piemonte. Vinhos grandiosos e caros. Mais um daqueles em que vale a pena provar a linha inteira. Mas, se não houver tempo para tanto, não perca o Piodilei, chardonnay vigoroso; e os barolos da casa.

San Fabiano Calcinaia: Guido Serio, torcedor fanático da Fiorentina, deve estar um tanto aborrecido com o fracasso da Azzurra na Copa. Portanto, vamos dividir nossas mágoas com o futebol brindando com um dos bons vinhos desta cantina da Toscana. Destaque para o Cerviolo.


Tommaso Bussola: Italiano do Vêneto, faz amarones como poucos. O Vigneto Alto é um dos melhores vinhos da Bota que tive o prazer de provar.

Pieropan: Outro do Vêneto. Aqui, os destaques são os brancos. Em especial, o La Rocca. Vale a passada.


Domingos Alves de Sousa: Papo de primeira, vinhos idem. Português estabelecido no Douro, faz vinhos de tudo quanto é tipo, para todos os gostos e bolsos. Vale fazer o passeio completo, até para descobrir do quanto Seu Domingos é capaz.


Anselmo Mendes: Português do Minho, um dos papas da alvarinho. O Muros de Melgaço é um absurdo de bom.


Quinta dos Roques e Quinta das Maias: Vinícolas irmãs do Dão, com muitos rótulos de qualidade. Destaque para o Roques Encruzado e para o Maias Jaen.

Dona Maria: Júlio Bastos é um dos craques do Alentejo. Durante muito tempo foi o dono da Quinta do Carmo. Quando vendeu a propriedade, manteve em seu poder as vinhas mais antigas. E é delas que saem as uvas para o Dona Maria. Novidade da Decanter, é imperdível.

Arzuaga: Na Ribera del Duero, Ignacio Arzuaga produz algumas joias da Espanha. Outro estande em que a vale a pena provar de tudo. Se a pressa imperar, não perca o Gran Arzuaga.

Frank Künstler: Bodega alemã do Rheingau, super premiada mundo afora. Uma bela amostra da capacidade que a riesling tem de gerar grandes vinhos. O Erstes Gewächs é extraordinário.

Pendits: Para terminar com chave de ouro a visita à feira, é indispensável passar no estande desta vinícola húngara e provar o magnífico Tokaji Aszú 6 Puttonyos. Simplesmente, um dos grandes vinhos brancos doces do mundo.

Decanter Wine Show
Ingresso: R$ 180
Rio de Janeiro - 2 de agosto, Sofitel
São Paulo - 3 e 4 d agosto, Grand Hyatt
Belo Horizonte - 5 de agosto, Buffet Catharina
Florianópolis - 6 de agosto, Majestic Plaza 
www.decanter.com.br

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