sábado, 25 de agosto de 2012

Só vinhaços




O Langa In é um consórcio de dezenove produtores piemonteses, das zonas de Barbaresco, Barolo, Moscato e Roero. Todos reconhecidamente de alta qualidade. Nesta semana, treze deles estiveram no Brasil, em uma visita do consórcio, com a intenção de conseguir importador por aqui, ou, no caso dos que já tinham representação por aqui, consolidar a presença no emergente mercado brasileiro. Armando Parusso, Azelia, Caudrina, Chionetti, Cigliuti, Conterno Fantino, Domenico Clerico, Gatti, Malvirà’, Paolo Scavino, Pelissero, Pira – Chiara Boschis e Viberti apresentaram os respectivos rótulos em ações no Rio e em São Paulo. O Wine Report participou de um almoço realizado no restaurante Duo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, no último dia 23. No evento, os produtores presentes reafirmaram a preocupação com a crise europeia e demonstraram confiança em um possível crescimento da cultura de vinho no Brasil – o que potencialmente pode gerar um aumento no consumo da bebida no país, desde que a absurda salvaguarda seja rechaçada pelo governo petista, claro.

Dos participantes do consórcio, não vieram ao Brasil os seguintes produtores: Andrea Oberto, Bruno Rocca, Elio Grasso, Giovanni Almondo, Matteo Correggia e Monti.

Para ler as notas de degustação dos rótulos provados, basta clicar no nome do vinho.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Turismo em casa


O Eça é um restaurante que fica no Centro da cidade do Rio, muito frequentado pelo pessoal que trabalha por lá. Eu, como não bato ponto em nenhuma empresa por ali, pouco ando pela região. Por isso, vou muito menos ao Eça do que eu gostaria. Mas, num dia desses, resolvi tirar uma onda de turista em minha própria cidade. E no meu passeio, incluí uma visita ao Centro, com direito à exposição no CCBB, concerto no Municipal e, como não podia deixar de ser, um almoço no Eça.

Cheguei ao restaurante por volta das 14h30, junto com o Alexandre.  Fomos recepcionados pela sommelière da casa, Deise Novakowski, que chamou o chef – o belga Frédéric de Maeyer – para definirmos o que iríamos comer. Nem quisemos olhar o cardápio. Deixamos nossas escolhas sob responsabilidade do chef.

Começamos com o tartare de salmão com lâminas de vieira. Como nem olhei para o cardápio, quando o chegou o prato nem percebi que era vieira o que estava em cima do tartare. Na hora em que provei e senti o gosto do molusco, gostei ainda mais do prato. Estava divino, com acidez na medida certa.



A segunda entrada promoveu outra surpresa. Quando o prato chegou, mais parecia uma carne com um crocante em volta. Mas que carne, que nada. Bastou levar o garfo à boca para perceber que se tratava de um shitake. O cogumelo vinha recheado com queijo de cabra tempura e chutney de tomate. Estava muito gostoso embora eu não tenha entendido muito bem a função do tempura no prato.



Em seguida veio uma terrine de foie gras com brioche de porcini, beterraba e sal negro defumado. Estava um sonho! Achei fantástica a ideia do brioche de porcini, pois casou muito bem com o foie gras. A beterraba, além de acrescentar cor, deu um gosto terroso ao prato. O Fred sabe usar muito bem foie gras, saindo do óbvio.



Fomos em frente com um filé de vermelho, camarão e consommé de shitake. O consommé estava dos deuses, feito com shitake – o que deu um toque todo asiático ao prato. Para completar, o peixe estava quase um sashimi, não apenas pelo frescor mas principalmente pelo modo em que foi cortado. O camarão finalizou bem o prato, reforçando a pegada oriental.



Completamos o almoço com o magret de pata, com risoto de trigo sarraceno, redução de pera, e aspargos. Pra quem, como eu, pensava estar cansada de pato, queimei a língua. Melhor pato que comi no ano (ou pata – o Fred explicou que a carne da fêmea é mais macia que a do macho). Estava rosa como uma picanha. O aspargo estava crocante e o risoto, diferente. A redução de pera funcionou bem com a pata. Fiquei com esse prato na cabeça por muitos dias.



Que as sobremesas do Eça são de tirar o chapéu, todo mundo está cansado de saber. Mas a que foi servida pelo Fred nesse almoço foram mais do que isso. Era um espetáculo digno do concerto que eu assistiria horas depois! Frutas vermelhas, acompanhadas por um biscoito feito com especiarias (um toque natalino) e, como não poderia deixar de ser (ainda mais para um belga), chocolate. Era como se um pouquinho de tudo o que dá prazer estivesse traduzido no prato. O almoço foi todo harmonizado com vinhos escolhidos pela Deise, que acompanharam maravilhosamente bem cada um dos pratos servidos.



Saímos do Eça satisfeitos, mas longe de estarmos cheios. Ou melhor, cheios sim, mas de disposição para curtirmos os programas que nos esperavam: a exposição e o concerto. E depois de uma sexta-feira dessas, olhando o Centro por ângulos diferentes, a salvos de toda aquela correria frenética e pressa desenfreada do lugar, fica a lição: como é bom ser turista na própria cidade.


por Luciana Plaas (texto e fotos)

As novas apostas da RCV




Comemorando os 10 anos em que está a frente da Real Companhia Velha, uma das mais tradicionais vinícolas portuguesas, o empresário Pedro Silva Reis decidiu lançar dois novos rótulos para ocupar um espaço que ele julgava vago no portfólio da empresa. Com uvas provenientes da Quinta das Carvalhas, vai chegar ao mercado ainda neste ano, em versão tinto e branco, o Carvalhas – os ícones da RCV entre os vinhos tranquilos do Douro.

Nesta quarta-feira (22), Silva Reis veio ao Rio de Janeiro e apresentou, em almoço no restaurante Bazzar, em Ipanema, em primeira mão, as duas novas apostas da RCV. O empresário ainda mostrou outro lançamento da empresa: o Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc 2011, este já disponível no mercado. Além destes três vinhos, Silva Reis mostrou outros cinco rótulos.

Abaixo, confira o que foi provado no almoço do Bazzar. Para ler a nota de degustação dos rótulos apresentados, basta clicar no nome do vinho.









terça-feira, 21 de agosto de 2012

Os vinhos da Hardys




Os números impressionam. São 8,8 milhões de caixas vendidas por ano, o que dá 105,6 milhões de garrafas. Ou 79,2 milhões de litros. Tanto vinho gera um faturamento anual de quase R$ 1 bilhão. Não por acaso, a Hardys é das marcas australianas mais fortes no planeta. Fundada em 1853 pelo inglês Thomas Hardys, a vinícola sobreviveu a tragédias familiares, guerras, incêndios e acidentes e cresceu. Cresceu tanto que acabou abrindo capital e saindo do controle da família fundadora, no final dos anos 1990. Recentemente, trocou de mãos. A gigante Constellation vendeu o controle acionário a outro monumento do mercado de bebidas, a Accolade. Mas o sangue dos Hardys ainda corre dentro da empresa. Ainda há familiares, descendentes diretos do pioneiro Thomas entre os acionistas minoritários da companhia. E o enólogo Bill Hardy (na foto), da quinta geração dos fundadores, ainda dá expediente na vinícola, tanto como enólogo-chefe quando como embaixador da marca pelo mundo.

E foi justamente Bill Hardy quem passou pelo Rio de Janeiro na última segunda-feira (20). Ele veio apresentar os vinhos da empresa, trazidos ao Brasil pela Inovini. O enólogo explicou a filosofia da vinícola, de valorizar os blends, tanto de uvas quanto de regiões. Para Bill, cuja formação enológica foi feita em Bordeaux, é misturando que se refina. E esta prática fica bem evidente nos rótulos da Hardys. A busca pela excelência passa pela combinação de diferentes climas, solos e uvas, em busca de mesclar características distintas, sempre tendo como foco a qualidade final do vinho.

Em almoço realizado na Cavist, em Ipanema, Zona Sul do Rio, Bill apresentou cinco dos onze vinhos que a Inovini traz para o Brasil. Foram degustados dois brancos (um riesling da linha HRB e um chardonnay da marca Nottage Hill) e três tintos (um cabernet e um shiraz da Nottage Hill e um shiraz da HRB). Para ler a nota de degustação dos rótulos degustados, basta clicar no nome dos vinhos:



segunda-feira, 20 de agosto de 2012



DEU NO WINE REPORT
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