terça-feira, 1 de novembro de 2011

O renascer do Kosovo



Na adega da Stone Castle os cheiros de vinho e madeira se misturam no ar. Cerca de cinco milhões de litros de pinots, merlots e chardonnays estagiam em diversas barricas e tanques. Orgulhoso, Shani Mullabazi, diretor geral da vinícola, balança uma taça do chardonnay 2010 e comenta. “É fresco. Tem uma excelente acidez, é vivo, e muito bom na boca”, diz. A Stone Castle fica em Rahovec, sudoeste do Kosovo. A indústria de vinhos do país literalmente quebrou nos anos 1990, com a guerra que veio a reboque do esfacelamento da Iugoslávia. Mas após anos de ajuntamentos dos cacos, há sinais de que a reconstrução vai se consolidando e o vinho do Kosovo vai, timidamente, ficando de pé novamente.

Rahovec – chamada de Orahovac pela minoria sérvia – é, há séculos, a maior área vitivinícola do Kosovo. Os vinhos de mesa feitos ali costumavam abastecer toda a Iugoslávia comunista. “Até os anos 1980, os vinhos daquela região tinham uma boa reputação, principalmente os feitos com a pinot noir”, diz a consultora Angela Muir, especialista em rótulos da região dos Balcãs.

Até o começo da guerra, as coisas iam bem para os produtores do Kosovo. Além de abastecerem as mesas iugoslavas, boa parte dos vinhos feitos ali era exportada para a Alemanha. Mas veio o pior e a indústria local foi desintegrada. Vinhas e adegas, em suma, toda a infraestrutura existente para a produção de vinhos foi abaixo, destruída.

Quando a guerra acabou, as vinícolas – então propriedades do estado – foram privatizadas. E começou o longo e árduo trabalho de reconstrução. Hoje em dia, finalmente, os ares estão mais leves e a indústria vinícola do Kosovo pode voltar a sorrir. E fazer planos.

Miro Brkic era economista. Virou produtor de vinhos. E defende com unhas e dentes a Rahovec em que vive. “Temos em média 270 dias de sol por ano. Esta é uma região perfeita para a produção de vinhos finos”, diz. “Se você for mais ao sul, para a Macedônia, as uvas têm muito açúcar. Ao norte, na Sérvia, a acidez é elevada demais”, compara.

Shani Mullabazi, da Stone Castle, diz que já opera em plena capacidade, produzindo 30 milhões de litros por ano. Agora, quer invadir a América. “No próximo verão, começaremos a vender nossos vinhos em Nova Iorque. Ali há uma grande comunidade de kosovares albaneses”, aposta.


Dono de uma pequena vinícola em Rahovec, Visar Hajrullaga foi buscar auxílio na Alemanha para aprender técnicas sofisticadas de enologia. E acredita que a vranac, uva autóctone dos Balcãs, pode ser um diferencial na conquista por um lugar ao sol – ou nas prateleiras das lojas e supermercados. “É uma uva que facilmente atinge os 14% de álcool, coisa rara nos tintos da nossa região”, ensina Hajrullaga.

Mas não foi apenas a guerra que minou as forças da indústria vinícola kosovar. O embargo promovido pela Sérvia aos produtos do país quando o Kosovo proclamou unilateralmente a independência de Belgrado atingiu em cheio os produtores, que ainda estavam em processo de reconstrução e vendiam seus rótulos majoritariamente no mercado sérvio. Recentes acordos foram costurados para que as vinícolas kosovares pudessem novamente vender aos sérvios.

Querelas políticas a parte, o sonho dos produtores do Kosovo é repetir o sucesso de eslovenos e croatas, também filhotes da ex-Iugoslávia e cujos vinhos ganham, ano a ano, reconhecimento internacional. E nesse dia, após anos de guerras e desavenças, possam brindar, em um palco do tamanho do mundo, e com vinhos kosovares, com certeza, por um presente melhor e um futuro de paz.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Apenas bom

Com uma semana passada do início da colheita na Borgonha, os produtores já traçam um painel mais realista sobre a qualidade da safra 2011 na região. E há quase uma unanimidade sobre o veredito: uma safra boa, mas longe de ser ótima.

A mãe de todos os problemas foi uma quantidade de chuva três vezes maior do que o normal nos meses de julho e agosto: 130 mm. Como consequência, casos de podridão nas vinhas, quebra de 20% na produção e até – em casos extremos – dificuldade de alcançar um teor alcoólico necessário, sendo obrigada a chaptalização (adição de açúcar ao mosto).

“O que poderia ser uma grande safra será apenas um bom ano”, resumiu Thierry Brouhin, diretor do Clos de Lambray. “Por conta da podridão que atacou as vinhas, teremos cerca de 20% a menos de uvas. A chave para o sucesso está em uma rigorosa seleção no vinhedo”, completou.

Marie-Andrée Mugneret, da Domaine Mugneret-Gibourg, em Vosne Romanée, disse que quem soube trabalhar durante o ano, teve como minimizar os efeitos da chuva. “Tivemos um verão caprichoso, depois de uma primavera muito seca e uma floração precoce. Quem trabalhou bem a vinha lá atrás, fez poda verde – coisa que nem todo produtor fez – pôde conter os danos causadas pelas chuvas”, explicou. “Nossas uvas estão saudáveis e com uma fina maturação”, completou Marie-Andrée.

Para Jacques Lardiere, diretor da Louis Latour, em Beaune, a safra 2011 guarda muitas semelhanças com outro ano complicado: 2007. “Uma primavera seca predizia uma colheita precoce, mas aí – assim como em 2007 – veio a chuva, embora em menos intensidade e volume do que naquele ano. Por isso, podemos dizer que esta safra deve ser um pouco melhor do que aquela”, apostou.

Livre dos problemas de podridão nas vinhas, um dos melhores produtores de Corton Charlemagne, Jean-Charles Le Bault de la Moriniere, da Domaine Bonneau du Martray, aposta em uma safra melhor para os vinhos brancos.

Já Aubert Lefas, da Domaine Lejeune, em Pommard, acredita que será necessário fazer chaptalização para elevar o teor alcoólico em alguns vinhos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Em xeque



“Todos os anos, milhares de consumidores ao redor do mundo saboreiam as frutas e os renomados vinhos que vêm dos vinhedos da África do Sul. No entanto, os trabalhadores rurais que produzem esses bens para consumo interno e exportação internacional estão entre as pessoas mais vulneráveis da sociedade sul-africana: trabalham longas horas em condições de temperaturas extremas, muitas vezes sem acesso a banheiros ou água, expostos a pesticidas tóxicos que são espalhados nas plantações. Para realizar este trabalho fisicamente extenuante, ganham o equivalente aos piores salários pagos na África do Sul e, muitas vezes, têm negados benefícios que lhes são garantidos por lei. Muitos trabalhadores rurais enfrentam obstáculos para organização sindical, que praticamente inexiste no setor agrário de Western Cape. Frequentemente, trabalhadores rurais têm o direto de posse da terra onde nasceram questionados e são obrigados a abandonarem a terra onde vivem”. Assim começa o relatório intitulado Ripe With Abuse, elaborado pelo Human Rights Watch (HRW), órgão que fiscaliza o cumprimento dos diretos humanos no mundo, e que expôs as mazelas da indústria vitivinícola sul-africana.

“Das nove províncias sul-africanas, o maior número de trabalhadores rurais (121 mil) vivem na rica e fértil Western Cape. Apesar do importante papel que exercem no sucesso das valiosas indústrias do vinho, do turismo e da fruticultura, estes trabalhadores são muito pouco beneficiados com os lucros destas atividades, em grande parte por conta da exploração a que são submetidos, com abuso dos direitos humanos e falta de proteção aos seus direitos legais. Estas práticas abusivas que ocorrem em diferentes graus em uma grande variedade de fazendas, são perpetrados por fazendeiros ou empresários agrícolas que são objeto de regulamentação por parte do governo Sul-Africano. No entanto, o governo falhou em proteger os direitos dos trabalhadores rurais e moradores destas fazendas”, prossegue o texto.

A conclusão final do relatório é de que o governo sul-africano falhou em promover saúde, habitação em garantir os direitos constitucionais a estes trabalhadores. Para resolver a situação, a indicação é de uma melhor coordenação dentro dos setores do governo, além de um uso mais inteligente e transparente dos recursos disponíveis. Por fim, o relatório faz um apelo aos donos de fazenda para que garantam que os direitos básicos dos trabalhadores sejam respeitados. O texto chama a atenção para o fato de que, apesar de várias iniciativas éticas e códigos de conduta que têm sido desenvolvidos com o objetivo de melhorar esta situação, “muitos fazendeiros continuam a negar aos seus trabalhadores os direitos universais fundamentais de saúde, moradia e condições dignas de trabalho”. O relatório encerra com um apelo para que os “cidadãos sul-africanos, assim como consumidores internacionais das frutas e vinhos do país, devem continuar a pressionar tanto o governo quando os fazendeiros para remediar esta negação dos padrões básicos de vida a que os trabalhadores rurais e moradores das fazendas têm direito”.

O relatório tem 96 páginas e foi baseado em entrevistas realizadas entre 2010 e 2011 com mais de 260 pessoas incluindo trabalhadores rurais e moradores de grandes fazendas. O resultado, nada elogioso para a indústria de vinho local, foi duramente questionado pela CEO da Wines of South Africa (WOSA), Su Birch, que alertou para o dano que o texto pode causar à imagem do vinho sul-africano. “Este relatório foi baseado em evidências aleatórias”, declarou. “Nossa decepção com o viés deste relatório, no entanto, não é de modo algum uma indicação do nosso apoio a qualquer tipo de práticas desumanas. Apenas expressa nossa preocupação de que o consumidor de vinho no mundo possa fazer uma imagem distorcida da indústria vitivinícola sul-africana”, completou Birch. “Ironicamente, este relatório pode, no final das contas, comprometer o trabalho do próprio povo que pretende defender”, advertiu.

Birch também diz que o relatório “falhou ao não reconhecer organizações como Wine Industry Ethical Trade Association (WIETA) e Fairtrade que visam melhorar as condições de trabalho no país”. E assegurou que a África do Sul é o país no mundo com o maior número de produtores de vinho credenciados no Fairtrade. Outra reclamação de Birch é de que o relatório não faz nenhuma menção ao Integrated Production of Wine (IPW), organização sul-africana que defende a produção eco-sustentável e estabeleceu diretrizes claras sobre a utilização de pesticidas e a proteção dos trabalhadores nas vinhas.

As alegações de Birch são rebatidas enfaticamente por Daniel Bekele, diretor do HRW. “A riqueza e o bem-estar gerados pelos bens que estes trabalhadores produzem não devem fincar raízes na miséria humana”, declarou. “o governo e as indústrias e os próprios agricultores, precisam fazer muito mais para proteger as pessoas que vivem e trabalham em fazendas”, acrescentou Bekele. Sobre o risco de que os trabalhadores percam o emprego caso haja uma mobilização internacional contra os vinhos sul-africanos, o diretor da HRW foi claro: “não queremos que ninguém boicote os produtos sul-africanos, isto seria um desastre para os próprios trabalhadores rurais. O que fazemos é pedir aos compradores que pressionem aos seus fornecedores para que sejam dadas garantias de que o produto em questão venha de uma fazenda que proporciona condições decentes de trabalho”, disse Bekele.

Para ler o relatório completo, clique em
http://www.hrw.org/reports/2011/08/23/ripe-abuse-0



terça-feira, 12 de julho de 2011

Até tu, Quênia?

O queniano Pius Mbugua Ngugi é dono da Kenya Nut, empresa dedicada à produção de nozes. Mas, fazia tempo, queria mesmo era fazer vinhos. Nos anos 1990, chegou a plantar vinhas e construir uma pequena adega, mas a incapacidade de produzir com consistência produtos de qualidade o fez, temporariamente, abandonar o projeto.

James Farquharson passou a infância entre a Escócia, o Quênia e a África do Sul, país onde fixou residência e estudou enologia. Lá, já formado, trabalhava em um importante posto de direção em uma das maiores vinícolas privadas sul-africanas. Era um trabalho repleto de responsabilidades, sobretudo administrativas. Mas era pouco para quem almejava por a mão na massa, ou no mosto, literalmente falando.

Até que, há três anos, uma mensagem de um rico empresário queniano mudou a vida de James. Era Pius Mbugua Ngugi, com um convite para um projeto tão audacioso quanto maluco e improvável: produzir vinhos de qualidade no Quênia. Sem pestanejar, de olho na oportunidade de viver uma aventura única, James aceitou de pronto o convite. Nascia, enfim, a Rift Valley Winery, localizada às margens do lago Naivasha, a 75 km a noroeste de Nairóbi e região mais conhecida pelos flamingos cor de rosa e pelas grandes plantações agrícolas.

As vinhas ficam nas montanhas, no vale do Rift, a mais de dois mil metros de altitude. Com barba por fazer, botas de vaqueiro, cabelo desgrenhado, camisa quadriculada e calça de texano, James supervisiona o trabalho das mulheres de todas as idades que fazem a vindima. Caixas repletas de uva na cabeça, elas são quem colhem a matéria prima do sonho de Ngugi.

Os inúmeros desafios não tiram o sono de James. “Estamos praticamente na Linha do Equador, a uma grande altura. Isto faz com que o crescimento das uvas seja muito diferente de lugares como França ou África do Sul. E praticamente não há literatura sobre a produção de vinho em contexto semelhante, portanto, temos, o tempo todo, que nos adaptarmos. E inovarmos”, diz o enólogo.

O vinho produzido se chama Leleshwa. Tem nas versões branco, rosado e tinto. Sobre a qualidade da bebida, James é direto e franco: “nunca faremos um grand cru, ao estilo francês. Aqui nos mantemos simples, sempre respeitando os fundamentos básicos da produção de vinho”, explica.

Segundo Marcus Mitchell, chef e gerente do restaurante Talisman, um dos mais respeitados de Nairóbi, o objetivo de James e Ngugi têm sido alcançado. “O vinho é correto, bem feito. É ligeiro, de verão, bem queniano”, analisa.

E é justamente no fato de ser tipicamente um produto queniano que reside a força do Leleshwa, segundo Ngugi. “Até agora a resposta tem sido muito boa. Se a gente comparar com os rótulos mais simples do Chile e da África do Sul, estamos em vantagem. Até por que não temos que pagar os mesmos impostos que eles, e podemos ter um preço muito competitivo. E, além do mais, os turistas se encantam em poder provar um vinho feito no país”, conta.

Mas não são apenas os turistas que têm provado o Leleshwa. A classe média local também tem abraçado a ideia de provar um vinho queniano. Por essas e outras, Ngugi espera aumentar, em dez anos, a produção atual, que é de 80 mil garrafas por ano, para três milhões. E tudo com o aval de James, que espera ver as uvas mostrarem um potencial ainda melhor com uma década pela frente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Barca Velha aporta na Lagoa

O jornalista Alexandre Lalas, editor do Wine Report, vai comandar uma degustação dos sonhos, na próxima terça-feira, dia 12 de julho, no restaurante Mr. Lam, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Seis safras do Barca Velha, o maior ícone de Portugal, serão provados na noite: 1965, 1978, 1983, 1991, 1999 e 2000. Além da degustação, Alexandre irá falar um pouco sobre a mística e a história do Barca Velha.

A degustação faz parte do projeto CAVE (Cariocas Amantes de Vinhos Especiais), que já promoveu uma prova com os vinhos da Domaine de La Romanée Conti e outra com champanhes especiais.

Após a degustação, será servido um jantar harmonizado com vinhos portugueses.

O preço por pessoa, com jantar e serviço incluído, custa R$ 1,2 mil.

As reservas podem ser feitas através do telefone 2286-6661 ou no email rafaela.nobrega@mrlam.com.br.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A maldição da estrela

Quando os críticos do Guia Michelin concedem uma estrela a um restaurante, a expectativa dos donos é de que filas se formem na porta e a casa fature alto. Nem sempre é assim. A vida real mostra que nem apenas de prêmios vive um estabelecimento comercial. Vide o exemplo de Olivier Douet, chef e dono do Le Lisita, bistrô que fica em Nîmes, no sul da França, e agraciado com uma estrela Michelin desde 2006. Com o restaurante vazio e cansado dos altos custos necessários para manter um restaurante padrão uma estrela Michelin, o chef radicalizou: devolveu o prêmio aos organizadores.

Quando ganhou a honraria, Douet comemorou. Mal sabia ele que, pouco tempo depois, a tal estrelinha se transformaria quase em uma maldição. Manter o padrão estrelado de um restaurante não é barato. É a excelência do atendimento, a qualidade dos ingredientes. Tudo isso custa caro. E, para que a conta no fim do mês feche, acaba refletindo nos preços cobrados no cardápio.

Só que os habitués da casa não gostaram da novidade e foram sumindo do restaurante. Novos clientes não vieram na mesma proporção em que os antigos foram minguando. E a crise de 2008 foi a pá de cal nos planos de Douet. O chef, que pensava em ampliar o restaurante usando um terreno na parte de trás da casa, lutou arduamente para não quebrar.

A maneira encontrada por Douet para não precisar fechar as portas da casa foi voltar às raízes. E transformou o Le Lisita em uma informal brasserie. “Em um restaurante estrelado, é preciso um garçom para cada cinco, seis pessoas. Em uma brasserie, o mesmo cara atente até 30 clientes”, explicou o chef.

Sem estrelas, mas com custos menores e preços mais baixos, Douet espera trazer de volta os velhos clientes.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Malte que vale ouro



A Chivas Brothers lançou um uísque que custa US$ 200 mil (R$ 320 mil), mais as taxas. A bebida foi feita em homenagem às mais antigas joias da coroa britânica: a Honours of Scotland.

O blend do Royal Salute Tribute to Honour inclui uísques raros selecionados da Royal Salute Vault, da destilaria Strathisla. O master blender Colin Scott produziu apenas 21 garrafas do Tribute to Honour, justamente para marcar os 21 anos de carreira dele como blender.

“A Chivas tem um fenomenal arquivo de uísque super velhos e, alguns deles, depois de décadas de lenta e cuidadosa maturação, adquirem uma riqueza, intensidade e concentração únicas, suntuosas. São destes poucos e preciosos líquidos que eu, pessoalmente, selecionei o blend e compus o Tribute To Honour”, disse Scott.

A garrafa é de porcelana preta, com detalhes em ouro e em prata, e é enfeitada com 413 diamantes brancos e negros.

O uísque será lançado em setembro deste ano e as garrafas serão individualmente numeradas. Do lote de 21 garrafas produzidas, apenas 20 serão vendidas. Uma ficará guardada na Royal Salute Vault. O interessado em comprar uma das garrafas pode tentar a sorte através do email Giaia.Rener@pernod-ricard.com.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A malbec que se cuide


Houve um tempo em que o verdadeiro cabernet era o franc. Uma época anterior à atual, pra lá de distante. Mas um belo dia, o cabernet franc e a sauvignon blanc resolveram cruzar. Nascia a cabernet-sauvignon. E hoje em dia, quando alguém fala em beber um cabernet, definitivamente não é do franc que a pessoa está falando.

Mas se hoje vive à sombra da filha famosa, não dá pra negar que a cabernet franc segue tendo lá a sua importância no mundo dos vinhos. Basta lembrar que o Cheval-Blanc, um dos melhores (e mais caros) vinhos do mundo é feito com a uva. E em Bordeaux a cepa é bem comum a presença da uva nos cortes de vinhos da região. O auxílio luxuoso da cabernet franc é sempre bem-vindo para ajudar a domar a agressividade da cabernet-sauvignon.

Mas há certos lugares onde a cabernet franc ainda reina soberana. O vale do Loire, na França, é um destes recantos sagrados da uva. Ali, deliciosos chinons e st-nicolas-de-bourgueils são feitos com a casta. No Friuli – região italiana – a uva também gera grandes vinhos. Há varietais ainda de cabernet franc espalhados pelo Novo Mundo. Na Argentina e no Chile são realidade. Australianos, neozelandeses, sul-africanos, uruguaios, norte-americanos e canadenses fazem vinhos com a uva. Para algumas pessoas, o Brasil tem potencial para produzir bons rótulos com a cabernet franc. E em outros países europeus, como Espanha e Hungria, é possível encontrar tintos feitos com a uva.

Na intenção de entender melhor como se comporta essa casta mundo afora, a Confraria dos Nove e o Wine Report promoveram uma prova às cegas da uva. A degustação foi realizada nesta segunda-feira (9) na loja da Grand Cru, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro. Participaram da prova os sommeliers Eder Heck, Elaine de Oliveira e Marcos Lima, os enólfilos Duda Zagari, Luciana Plaas e Roberto Cortes de Lacerda, além do repórter que vos escreve. As amostras foram adquiridas diretamente com os importadores ou compradas em lojas do Rio de Janeiro. Seriam 19 rótulos, mas um vinho foi eliminado por apresentar defeito. A degustação foi conduzida pelo sommelier Pedro Osmar, da Confraria Carioca.

A prova foi equilibrada, com os oito primeiros se destacando do resto dos vinhos. Conferidas as notas e reveladas as garrafas, uma surpresa e uma constatação: os cinco primeiros colocados eram argentinos. Ou seja, a uva se dá muito bem por lá, obrigado. Portanto, a malbec que se cuide. Há muito mais no cenário argentino que supunha nossa vã enologia...

Leia o resultado da prova em Wine Report

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Para sempre na memória


Em 1884, ainda havia escravos oficiais no Brasil. A população do país era menor do que hoje é a de São Paulo. Embora em processo de fritura, a monarquia ainda comandava o país. Naquela época, Adriano Ramos Pinto já produzia vinhos do porto. E foi um vinho do porto vintage, da safra 1884, a grande atração de uma prova, seguida de jantar, que a Adriano Ramos Pinto e a importadora Franco Suissa, na noite de quarta-feira, no restaurante Trindade, em São Paulo.

E, mesmo que a noite tivesse sido reservada apenas para o Vintage 1884, já teria sido espetacular. Mas a prova incluiu a degustação de outras seis safras do Adriano Ramos Pinto Vintage. Eram elas: 1924, 1934, 1952, 1970, 1983 e 2007. Portanto, uma prova de vinhos do porto de três diferentes séculos.

Antes da prova, conduzida com maestria por João Rosas, da Ramos Pinto, uma pequena palestra sobre a história da empresa e uma degustação de outros quatro rótulos de vinhos tranquilos da vinícola.

Abaixo, a nota de degustação de todos os vinhos provados no inesquecível evento:

Ramos Pinto Collection 2008
Douro, Portugal
No nariz, fruta vermelha madura, com evolução para carne e coro. Na boca, taninos duros, acidez marcante, bom volume, longo – 8

Duas Quintas Reserva 2008
Douro, Portugal
No nariz, um toque floral, fruta vermelha madura, compota, chocolate. Na boca, boa entrada, acidez viva, macio, cai no meio de boca, recupera com um bom final – 8,5

Duas Quintas Reserva 2000
No nariz, floral, com notas de cassis e licor de amora. Na boca, taninos duros, acidez marcada, perde no meio da boca e tem um final quente e leve amargor – 8

Duas Quintas Reserva 1994
No nariz, fruta madura, passas com evolução para chocolate e café. Na boca, acidez perfeita, taninos finos, bom volume, final longo – 9

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 2007
No nariz, abre com aromas de esmalte, evolui para figo seco, castanha assada e um toque balsâmico. Na boca, bom volume, maciez, final longo – 8,5

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 1983
No nariz, amora, violeta, chocolate, figo seco. Na boca, é intenso, sedoso, volumoso e longo – 9,5

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 1970
No nariz, groselha, pimenta, caramelo, chá. Na boca, é exuberante, elegante, intenso e com um final enorme – 9,5

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 1952
No nariz, eucalipto, chá, pimenta, damasco seco. Na boca, é elegante, harmônico, macio, com bom volume, imenso – 9,5

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 1934
No nariz, caramelo, chá, pimenta, mel, amêndoa amarga. Na boca, é elegante, macio, harmônico, longo – 10

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 1924
É emocionante encontrar um vinho com esta idade e nesta forma ainda tão exuberante. No nariz, marmelada, caramelo, amêndoa amarga, mel. Na boca, intenso, elegante, harmônico, macio, com um final interminável – 10

Adriano Ramos Pinto Porto Vintage 1884
É incrível como um vinho de 127 anos ainda pode estar vivo, em condições de ser degustado. No nariz, já prevalecem os aromas químicos, principalmente iodo, mas evolui para caramelo, e chá. Na boca, ainda conserva acidez, e um final longo e amargo, com um toque de boldo. Seria injusto dar nota a um vinho assim, mas é um prazer e uma emoção prová-lo – s/n

terça-feira, 26 de abril de 2011

O jantar dos chefs

No próximo sábado, dia 30 de maio, vai rolar, em Visconde de Mauá, a 14ª edição do Jantar dos Chefs. O evento – já tradicional no calendário gastronômico da aprazível cidade da serra da Mantiqueira – é a reunião de três amigos cozinheiros com um chef convidado, em uma das melhores pousadas da região. Na Pousada Terras Altas, Flávia Quaresma, Paulo Pinho e Paulo Nicolay recebem Dalton Rangel, para uma noite regada a alta gastronomia e grandes vinhos em um ambiente exclusivo e intimista.


Nesta edição do jantar, caberá à chef Flávia Quaresma a preparação da entrada. Será o Polvo entre o mar e o sertão. Em seguida, virá o primeiro prato, um Spaghettini com camarões e cogumelos, criação de Paulo Nicolay – que além de festejado consultor de vinhos, exibe nestes jantares os dotes culinários que tem. A noite segue com o Brasato ao malbec com batatas perfumadas e alecrim, preparado por Dalton Rangel, o chef convidado, que dirige a cozinha do Yuka, restaurante de Visconde de Mauá. O jantar termina com a Banana caramelada com sorvete de creme de Paulo Pinho, chef do Sagrada Familia, que fica no Centro do Rio. Cada prato vem acompanhado por um vinho, escolhido especialmente por Paulo Nicolay.


As vagas são limitadas, e o preço por pessoa é de R$ 175. Quem preferir, pode se hospedar na Terras Altas mesmo. Clique aqui para acessar o site da pousada. Abaixo, as informações completas sobre o Jantar dos Chefs:

terça-feira, 12 de abril de 2011

A queda

“Meu Armageddon pessoal, enfim, acabou”. Com este desabafo, Patricia Kluge (na foto) resumiu o alívio que sentiu ao saber que o amigo de longa data Donald Trump comprara a Kluge Estate Winery, propriedade de 2 mil hectares, no estado de Virgínia, que pertencia a ela.

Trump pagou apenas US$ 6,2 milhões, pouco mais de um quinto do valor da hipoteca da propriedade, fixada em US$ 28 milhões e muito abaixo do valor estimado pela vinícola, avaliada em US$ 70 milhões.

Nas últimas semanas, vários rumores tornaram a vida de Patricia ainda mais infernal. A central de boatos alimentou a versão de que a viúva de seu ex-marido, John Kluge, poderia comprar junto ao banco a propriedade e transformar tudo em um imenso campo de golfe. Seria um triste fim para a vinícola que Patricia e o marido William Moses montaram em 1999, mas cuja excêntrica administração e erros crassos de avaliação levaram à bancarrota menos de 10 anos depois de aberta.

Leia mais em Wine Report.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O uísque do capitão

Ernest Shackleton foi um explorador anglo-irlandês e é considerado um dos mais importantes desbravadores da Antártida. Entre 1907 e 1909, liderou uma expedição para alcançar o Pólo Sul, mas foi forçado a desistir a apenas 180 quilômetros do destino final, por conta da falta de suprimentos, depois de terem percorrido mais de 3 mil km no continente gelado. Na pressa de voltarem ao barco, já que o gelo já começava a se formar no mar e ameaçava a travessia do barco, Shackleton e seus comandados deixaram para trás alguns suprimentos. Entre os objetos largados no gelo, estavam cinco caixas de uísque escocês e brandy.

Este autêntico tesouro etílico foi encontrado no ano passado, em uma cabana usada pelo explorador na expedição. Embora algumas garrafas tivessem quebrado, a maioria estava intacta. Na ocasião, Richard Paterson, técnico da destilaria Whyte and Mackay, que forneceu o uísque para Shackleton, disse que a receita original para a mistura de maltes não existia mais. Mas manteve a esperança de que a bebida pudesse ser recriada. “Se o conteúdo puder ser confirmado, extraído com segurança e analisado, pode ser possível reproduzir a mistura original”, disse Paterson.

Pois nesta semana, a Whyte and Mackay anunciou que conseguiu recriar o uísque centenário enterrado no gelo pelo famoso explorador. Depois de semanas misturando e combinando diferentes tipos de malte, Richard Paterson garante que conseguiu chegar à exata mistura da bebida de Shackleton. O sucesso da empreitada foi atestado pelo especialista em uísque, Dave Broom – única pessoa de fora da Whyte and Mackay a provar tanto o líquido da garrafa original quanto a recriação de Paterson.

Leia mais em Wine Report

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Merlot is on fire

“O nível de álcool da merlot está tão alto que corremos sério risco de perdermos o estilo característico de Bordeaux”. A frase é dono do château Leoville Poyferre, Didier Cuvelier. “Uma das vantagens de plantar a merlot aqui no Médoc era justamente o fato de que a uva tinha um amadurecimento melhor do que a do cabernet-sauvignon”, explicou o francês. Mas nas safras 2009 e 2010 foi comum casos de merlots ultrapassando os 15% de volume alcoólico, uma situação que Cuvelier classificou como “perturbadora”.

Outra importante voz que fez coro às preocupações de Cuvelier foi a do consultor Denis Dubourdieu. Ele notou uma tendência nas propriedades da Margem Direita de ambicionarem uma maior concentração de açúcares nas uvas, e para tanto, apelarem para técnicas como o desfolhamento, o que gera uvas menores e mais concentradas. E, consequentemente, mais alcoólicas.

Leia mais em Wine Report

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Este mundo é um hospício


Uma bela tarde, Todd Fox chegou em casa com uma barrica cheia de aspargos amassados e disse à esposa: “Dê um jeito nisso aqui”. Kellie (a esposa) não teve dúvidas: adicionou água, açúcar e leveduras. E a coisa começou a fermentar. Nascia assim o primeiro ‘vinho’ feito com aspargos que se tem notícia no mundo.



“É bem clarinho e tem um leve aroma de aspargo e uma pequena doçura”, garante Kellie. “Mas o cheiro na hora em que começou a fermentar não era muito agradável”, admitiu a mãe da bebida.


Leia mais em Wine Report

segunda-feira, 28 de março de 2011

A rainha da elegância

Desde que o simpático Miles, no filme Sideways, detonou a merlot e defendeu arduamente a pinot noir, que a uva ganhou pontos no imaginário coletivo do consumidor de vinho. Na época do filme, principalmente nos Estados Unidos, o consumidor enlouqueceu. Caixas e mais caixas de tintos feitos com a pinot noir eram vendidas como água, enquanto os merlots, pobrezinhos, agonizavam, esquecidos e empoeirados, em prateleiras de lojas e estoques de produtores.


Alguns anos já se passaram do filme, mas, se não é o sucesso avassalador da época, a pinot não foi parar no limbo das celebridades instantâneas. Vinhos feitos a partir da casta continuam indo bem em restaurantes e lojas especializadas. Ainda bem. Em um mundo repleto de robustos malbecs, cabernets, syrahs e afins, a delicadeza da uva é sempre muito bem-vinda.


E a diversidade de lugares, climas e terroirs em que a pinot é produzida atualmente, tem gerado boas e produtivas discussões sobre a tipicidade da uva. Que o pinot noir referência é o da Borgonha, ninguém discute. Os bons são elegantes, ricos, intensos e imensos. Os melhores são clássicos inesquecíveis e incomparáveis. Por isso, nos outros cantos do mundo, todos os produtores que arriscam produzir vinhos feitos com a uva buscam uma identidade borgonhesa no vinho. O problema é: existe uma identidade borgonhesa? Qual é, exatamente, o gosto de um pinot da Borgonha?

Leia mais em Wine Report

quinta-feira, 10 de março de 2011

O néctar do ditador



Khvanchkara é um vinho tinto da Geórgia, naturalmente meio-doce, feito com as uvas alexandria e mudzhuretuli tardiamente colhidas, cuja produção remonta ao início do século XX e era uma das bebidas preferidas do ditador soviético Josef Stálin. Pois o vinho, um dos mais populares da Geórgia, voltou ao noticiário por um motivo inusitado: o escritório de patentes do governo da ex-república soviética abriu negociações com a empresa norte-americana Dozortsev para – reparem o absurdo – recuperar o nome da bebida no mercado dos Estados Unidos. Hoje em dia, apenas a Dozortsev pode vender vinhos com o nome Khvanchkara em território norte-americano.

Leia mais em Wine Report

quarta-feira, 9 de março de 2011

As invasões bárbaras


A invasão chinesa em Bordeaux segue a toda velocidade. Além de esgotarem estoques e inflacionarem os preços dos vinhos da região, os mandarins do Grande Reino do Oriente mudaram de tática e resolveram mesmo ir beber direto na fonte. Agora, foi a vez de o empresário Richard Shen Dongjun (na foto) – de 42 anos, e dono de uma cadeia de joalherias espalhadas por Xangai e pelo sudeste da China – realizar o sonho do château próprio. Por uma soma não revelada, Dongjun comprou de Frederic Ducos o Château Laulan Ducos, um cru bourgeois do Médoc, de 22 hectares. Esta foi a sexta propriedade bordalesa vendida aos chineses. Anteriormente, os châteaus Latour-Laguens, Richelieu, Chenu Lafitte, De la Salle e De Viaud já haviam trocado de mãos.

Leia mais em Wine Report

quinta-feira, 3 de março de 2011

Os artistas do espetáculo



Imagine a cena: em uma prova de vinhos, o degustador, analisando a bebida, sai com essa:
- Este cabernet tem um toque de Mozart, com notas de Haydn.
Pois se a ideia do amalucado austríaco Markus Bachmann pegar, é bem possível que enochatos mais meticulosos tentem mesmo descobrir quais influências musicais o vinho carrega na taça.

É que Markus inventou uma caixa de som especial para ser acoplada nos tanques de fermentação e que toca a música que o enólogo acha que será uma boa influência para o vinho. Pode ser um jazz, rock, ou mesmo músicas clássica ou eletrônica.

Leia mais em Wine Report.

Pirotecnia saborosa



Demorei muito para ter coragem de ir ao Oro. Ouvia tanto que o chef Felipe Bronze estava fazendo isso, aquilo. Acho que fiquei com medo. Até porque não sou muito fã dessa modernidade toda. Tomei coragem, marquei com um grupo de amigos e fomos. A primeira coisa que gostei, foi entrar no restaurante pelo lado oposto aonde era a entrada do último restaurante que abriu ali, o XX. Aliás tudo é o oposto do antecessor, que fechou com menos com menos de um ano de funcionamento e era a tradução da irregularidade.

Do salão dá pra ver o que acontece na cozinha, só que eles não conseguem ver os clientes. Nada lá é convencional. Para quem vê de fora, a luz da cozinha é fúcsia, e dá um clima de laboratório e ficção científica. Mas acredito que lá dentro, a luz seja branca mesmo, tradicional, ou seria complicado cozinhar.

Logo chegou o maître Raul de Lamare que nos apresentou o cardápio. Como não sabíamos exatamente o que escolher, decidimos colocar o nosso jantar nas mãos do chef.

Leia mais em Wine Report

quarta-feira, 2 de março de 2011

O vinho em alta



O crescimento do mercado mundial de vinhos pós-crise financeira global está fazendo com que muitas instituições que cuidam dos interesses dos países produtores de vinho trabalhem forte na conquista de novos consumidores. Alemanha e Portugal miram forte no Reino Unido. O Brasil promoveu recentemente encontro entre produtores e importadores nos Estados Unidos, país em que os chilenos pretendem consolidar posição. A França invadiu, com Bordeaux na frente, a China. E a Argentina aposta na malbec para abrir as fronteiras internacionais. No meio disso tudo, duas associações decidiram, nesta semana, as suas estratégias para o começo de 2011. A Wines of Turkey lançou uma campanha para promover os vinhos turcos na Inglaterra, e os produtores australianos estão de olho grande no mercado do Vietnam.

Leia mais em Wine Report

Concha y Toro compra Fetzer



A Concha y Toro anunciou na noite de ontem a compra da Fetzer Vineyards, uma das dez maiores vinícolas norte-americanas em volume. O valor do negócio foi de US$ 238 milhões (cerca de R$ 400 milhões). A expectativa é de que a transação seja concluída até abril deste ano, depois de aprovada pelos conselhos reguladores do mercado. A Fetzer pertencia ao grupo californiano Brown-Forman.

A transação inclui um portfólio de marcas que possuem boa posição no mercado norte-americano. Só em 2010, Fetzer, Bonterra, Five Rivers, Jakel, Sanctuary e Litlle Black Dress venderam, somadas, 3.1 milhões de caixas, q representaram um valor de US$ 156 milhões. A Concha y Toro também ficou com 429 hectares de vinhas no condado de Mendocino, na Califórnia e adegas com capacidade de produzir 42 milhões de litros, além de uma engarrafadora. No total, a vinícola chilena herdou 240 empregados da empresa norte-americana.

Leia mais em Wine Report

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O paraíso dos bebuns

A ex-república soviética da Moldávia, um pequeno país espremido entre a Romênia e a Ucrânia ostenta o título de maior consumidor de álcool do mundo. Os moldávios deixaram os tchecos para trás e assumiram a ponta da tabela, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O consumo de álcool per capita da Moldávia é de 18,22 litros por ano. O número equivale a quase o triplo da média mundial, que é de 6,1 litros per capita. A estatística aponta a quantidade álcool puro que é ingerida por pessoa e não o volume de bebidas alcoólicas que é consumido.

O álcool causa a morte de cerca de 2,5 milhões de pessoas por ano, segundo a OMS. Número superior ao de doenças como tuberculose e AIDS. O número de jovens entre 15 e 29 anos que perdem a vida por motivos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas é de 320 mil, por ano.

A Moldávia é um dos países mais pobres da Europa. É dividido entre as etnias russa e romena. O país é um grande produtor de vinhos, mas a qualidade é tão discutível que recentemente a Rússia – principal mercado dos vinhos moldávios – baniu a importação de rótulos do país por questões de higiene. Na ocasião, um diretor da agência de vigilância sanitária da Rússia chegou a declarar que os vinhos da Moldávia ‘deveriam ser usados para pintar cercas’.

Leia mais em Wine Report

Dream team do bem

Uma espécie de dream team da gastronomia brasileira vai juntar as panelas e colocar as mãos à obra neste domingo, dia 21 de fevereiro, no Pré Catelan, no Hotel Sofitel, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Serão 21 chefs de primeira grandeza, que, juntos, irão preparar nove serviços, harmonizados com três diferentes vinhos, precedidos de um pocket show da Rio Jazz Orchestra em coquetel na piscina do Hotel Fasano.

O motivo desta reunião de bambas é pra lá de nobre: ajudar as vítimas da tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro. Todo o dinheiro arrecadado será doado à ONG Move Rio e Minha Ajuda – Sua Casa. O único pedido dos chefs é que 20% do dinheiro seja repassado a pequenos produtores da região que tiveram os negócios destruídos pela calamidade.

Todos os chefs envolvidos doaram os insumos que serão utilizados no preparo dos pratos. Os que vieram de fora do Rio, pagaram a passagem do próprio bolso. A equipe que fará o serviço também trabalhará de graça. Os hotéis Fasano e Sofitel cederam a hospedagem para quem veio de outras cidades.

O evento – que custa R$ 2,5 mil por pessoa – vai começar às 18h30 com um coquetel, champanhe e o show na piscina do Hotel Fasano. Na sequência, os 100 convidados serão levados para o restaurante Le Pré Catelan para o jantar, que terá início às 20h30. Serão cinco cursos, com harmonização de vinhos assinada pela enóloga e sommelière Cecília Aldaz (Oro), e serviço conduzido pelos craques do salão, Jean Pierre Fivria (Le Pré Catelan), Ricardo Zaroni (Fasano al Mare), Raul de Lamare (Oro), Danielle Dahoui (Ruella).

Leia a lista dos chefs participantes e o menu do evento em Wine Report

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O bunga-bunga de Alan García

O presidente peruano Alan García se meteu em uma polêmica dos diabos. O motivo nada tem a ver com o bunga-bunga do premiê italiano Silvio Berlusconi, mas é razão de indignação semelhante entre os peruanos. É que Garcia comprou um lote especial de uma bodega de Mendoza, na Argentina, imprimiu a própria foto nos rótulos e levou o vinho ao Peru sem sequer pagar o imposto de importação da bebida. Narcisismo Colossal e Frivolidade no Palácio foram algumas das manchetes dos jornais peruanos, que não perdoaram o egocentrismo do presidente.

O vinho é um corte de mabec, merlot e syrah, produzido pela Viniterra, vinícola que fica em Lujan de Cuyo, cuja produção foi de apenas cinco mil litros. Na edição especial, vem o nome do presidente, com a foto, a bandeira do Peru e a indicação de que se trata de um malbec 2003.

Leia mais em Wine Report

Valeu, chefe

Apagou-se uma das mais cintilantes estrelas da gastronomia mundial. Morreu, aos 53 anos, o cozinheiro catalão Santi Santamaria, um dos maiores chefs da atualidade. Santi estava sentado em uma mesa do seu próprio restaurante em Cingapura, que é dirigido pela filha, quando passou mal. A necropsia ainda não foi feita, mas tudo indica que a causa da morte foi um fulminante ataque cardíaco.

Leia mais em Wine Report

Wine Rocks

O casamento entre o vinho e a cultura pop anda mesmo a todo vapor. O cantor e guitarrista Boz Scaggs já montou uma pequena vinícola, bandas como Motörhead e Train lançaram rótulos próprios. Há artistas que leiloam parte da adega, como Andrew Lloyd Webber e, mais recentemente, Chris de Burgh. Sem falar no cineasta Francis Ford Coppola, dono de um autêntico château no coração do vale do Napa, na Califórnia. No Brasil, o locutor Galvão Bueno e o pianista Mu Carvalho são dois exemplos de personalidades que já enveredaram pelos lados da enologia.E nesta semana, mais uma vez o mundo pop atravessou o caminho de Baco.

Michael Diamond, ou, simplesmente, Mike D. (na foto), da banda Beastie Boys, lançou um blog em que faz críticas de vinho, hospedado no site de James Suckling. Enquanto o novo álbum da banda Hot Sauce Committee, Pt. 2 não vem, Mike estreou na nova atividade na última segunda-feira, com um post sobre meia garrafa de um tinto da Borgonha – o Jean-Marc Morey Santenay La Comme Dessus 2006 – cuja nota foi 93 pontos, em uma escala de 100. Segundo Mike, o vinho é “elegante e contido, cheio de fruta madura, notas terrosas, com um quê de ‘funk refinado’”. Ainda de acordo com Mike, o vinho está ‘ready to rock’.

Leia mais em Wine Report

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Aos treinos, companheiros!

Eis aí uma corrida que mesmo o mais preguiçoso dos enófilos gostaria de ganhar: a maratona de Sauternes. O motivo é simples. Os vencedores de cada categoria irão receber, além das tradicionais medalhas e troféus, uma garrafa magnum de Château d’Yquem e o próprio peso em sauternes.

Leia mais em Wine Report

Entre 'causos' e quibes

Quem nunca parou diante de uma carrocinha de cachorro-quente – com água na boca e morto de fome, e pediu o sanduíche com tudo o que tinha direito, de ervilha a queijo parmesão e batata palha – que atire o primeiro saco de pipoca.

Pois estes trabalhadores, que passam meia vida cozinhando em plena rua, muitas vezes são esquecidos, relegados a segundo plano, tratados como meros camelôs. Injustiça brava. Alguns são chefs de qualidade, verdadeiros artistas da baixa gastronomia, com um vasto repertório de quitutes, salgados e histórias.

E para resgatar algumas destas mis histórias, Sérgio Bloch e Inês Garçoni lançaram o livro Guia Carioca da Gastronomia de Rua (Ed. Arte Ensaio), com fotos de Marcos Pinto, dedicado aos mestres da informal arte de comer na rua, muitas vezes em pé mesmo.

Leia mais em Wine Report

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Por uma vida mais doce

Já imaginou chupar um limão e dizer que tem gosto de bala? Ou tomar um gole de vinagre e afirmar que é tão doce quanto suco de maçã? Também tem aqueles que dizem que o queijo de cabra tenha virado cheesecake. Isso tudo sem ingerir nenhum tipo de droga, apenas comendo uma fruta. Obviamente não estamos falando de qualquer fruta, e sim da fruta do milagre (Sideroxylon dulcificum). Uma frutinha pequenininha, menor que uma uva, originaria do oeste da África, mas disponível aqui no Brasil.

A fruta tem pouca quantidade de açúcar e mesmo o seu gosto não é doce. Mas ela possui moléculas ativas de glicoproteína, com algumas cadeias de carboidratos, chamadas miraculina (a provável autora do milagre). Quando a fruta é mastigada essas moléculas se misturam com as papilas gustativas tornando doce, os alimentos ácidos. A causa exata para essa mudança de sabor é desconhecida, mas existe a teoria de que a miraculina atua destorcendo a forma dos receptores de açúcares. É como se a molécula enganasse a percepção do gosto azedo da língua. O efeito dura mais ou menos uma hora.

Leia mais em Wine Report.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Bill Koch ataca outra vez

Bill Koch, rico executivo de energia na Flórida, Estados Unidos, é colecionador contumaz de vinhos. Dono de uma adega de 40 mil garrafas, avaliada em mais de US$ 12 milhões, Koch, nos últimos anos, tem se dedicado também a outra atividade: combater a falsificação de rótulos raros. Um dos métodos que o executivo encontrou é processar as casas de leilão que vendem vinhos falsos.

Vítima da fúria de Koch, a Zachys, tradicional casa de leilão norte-americana, sofria um processo que se arrastava desde 2007. O motivo: dezenove garrafas de vinho compradas entre 2004 e 2005 por US$ 370 mil, que Koch alegou serem falsas. Nesta semana, Koch e o presidente da Zachys, Jeff Zacharia, chegaram a um acordo. Os termos financeiros do acerto não foram revelados, mas a Zachys aceitou mudar a forma com que os vinhos são descritos nos catálogos da empresa. Em diversas ocasiões, Koch mostrou repúdio à forma com que os vinhos eram anunciados nos avisos de leilões. “Se compramos um vinho que uma casa de leilões vendeu dizendo que era do tempo de Jesus, temos que inspecioná-lo. E se dizemos a eles que se trata de uma falsificação, eles mandam a gente olhar para as letras miúdas atrás do catálogo e dizem que não podemos mesmo confiar em tudo o que vemos, que as coisas são vendidas como elas são. Acho isso extremamente ofensivo, um absurdo”, declarou Koch.

Leia mais em Wine Report

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Parente é serpente

De um lado, um patriarca de idade avançada e sua nova parceira. Do outro, filhos que trabalham na empresa familiar, à sombra da figura paterna, e esperando o momento de dividirem a herança. Eclodem brigas, intrigas e quedas de braço. Até que o pai expulsa os filhos do conselho da companhia. Roteiro de algum filme ou novelão? Até poderia ser. Mas é realidade e está acontecendo em uma das mais tradicionais vinícolas espanholas: a Bodegas Faustino.

Julio Faustino Martínez, com o devido apoio de Mari Cruz Lizarazu, a nova namorada, iniciou uma sangrenta batalha contra os próprios filhos, Lourdes e Carmen Martínez Zabala, que culminou com a expulsão das filhas do conselho da empresa. E mais demissões ainda podem vir. Especula-se que os dois outros filhos de Julio, José Miguel (CEO da Faustino) e Pilar, que ainda ocupam cargos na empresa, podem ser os próximos a terem as cabeças cortadas pelo patriarca.

Leia mais em Wine Report

Ares irrespiráveis

Yannick Chenet, 43 anos, viticultor francês, morreu no último dia 15 de janeiro, vítima de leucemia. Durante décadas, cultivou vinhas em Poitou-Charentes, no sudoeste da França. Em abril de 2004, o viticultor inadvertidamente respirou vapores nocivos de sua máquina de pulverização agrícola sem uma máscara. Internado, entrou em coma. Desde então, a doença afetou os rins e o sistema nervoso do viticultor, que entrou em coma em várias ocasiões. Chenet foi o primeiro agricultor a ter a morte oficialmente ligada ao uso de pesticidas nas plantações francesas. Cerca de outros 40 agricultores sofrem de males ligados ao uso de produtos químicos.

Leia mais em Wine Report

Dou-lhe uma...

Todas as mais otimistas previsões foram superadas no leilão realizado em Hong Kong, na China, neste final de semana, quando o compositor Andrew Lloyd Webber leiloou parte de sua coleção de vinhos raros.

Foi arrecadado um total de US$ 5,6 milhões, cerca de R$ 9,5 milhões com a venda de 746 lotes do acervo particular do autor de Cats, Evita e O Fantasma da Ópera, entre outras obras.

Leia mais em Wine Report

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O pior pesadelo

Pode haver coisa pior para um sommelier do que perder o paladar? Pois este pesadelo aconteceu com o uruguaio Charlie Arturaola. E a história é tão inusitada que virou até filme. El Camino del Vino narra a história real do sommelier uruguaio Charlie Arturaola, um dos mais importantes a atuar nos Estados Unidos, e que, no auge da carreira, perdeu o palato enquanto apresentava o prêmio Mendoza's Masters of Food & Wine Awards.

O filme, contado em forma de documentário, será apresentado no Festival de Berlim e conta com a participação de Michel Rolland, Susana Balbo, Jean Bousquet e outros nomes estrelados do mundo vitivinícola.

Leia mais e veja o trailer em Wine Report

Scotch em alta

Em visita à destilaria da Chivas Regal em Keith, Nick Clegg, vice primeiro-ministro inglês, elogiou a indústria de uísque da Escócia, que celebrou um aumento nas exportações de 12% nos dez primeiros meses do ano passado.

“As empresas de uísque escocês estão dando grandes passos para explorar novos mercados e novas oportunidades. O governo do Reino Unido seguirá fazendo o possível para ajudá-los. Nós assinamos um acordo com a China no ano passado para garantir que haja uma maior proteção jurídica para o uísque naquele país. Agora, o acesso justo de mercado e da liberalização tarifária em relação à Índia é uma das principais prioridades em 2011”, declarou Clegg.

Leia mais em Wine Report

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Perdido no porão

Andreas Neymeyer, um viticultor alemão, encontrou 500 garrafas de vinho do tempo da Segunda Guerra Mundial. O lote foi encontrado pouco antes do Natal, na propriedade da família, no sul da Alemanha.

Em declarações à Agência Reuters, Neymeyer explicou que as garrafas foram encontradas num porão, durante a limpeza de um edifício queimado situado na propriedade.

Leia mais em Wine Report

Ele é o tal


A vinícola uruguaia Narbona contratou o consultor francês Michel Rolland para preparar o primeiro vinho de alta gama da casa.

As vinhas para o projeto ficam em Carmelo e são das variedades pinot noir e tannat, além das recém-plantadas syrah e petit verdot.

Os técnicos da empresa do francês, a EnoRolland fará visitas periódicas aos vinhedos da Narbona e trabalharão em conjunto com a enóloga residente da vinícola uruguaia, Valeria Chiola.

Leia mais em Wine Report

Quando os chefs se encontram

Nesta sexta-feira, dia 21, o Damien Montecer, do Térèze, recebe o Emmanuel Bassoleil, do Unique, de São Paulo, para um jantar a quatro mãos. Os dois chefs prometem aliar a sofisticação do foie gras e do azeite de trufas com a simplicidade da batata baroa e do queijo coalho.

O jantar será harmonizado pela representante comercial da WineBrands, Patrícia Kozmann, que usará vinhos da importadora para acompanhar os pratos.

O preço por pessoa é de R$ 320 e as reservas podem ser feitas pelo telefone 3380-0220.

Abaixo, o menu completo

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O novo alcaide

Yiannis Boutaris, veterano viticultor grego, tomou posse como prefeito da cidade grega de Salónica, a segunda maior do país. Aos 69 anos, Boutaris é o primeiro prefeito apoiado pelos socialistas a chegar ao poder em 24 anos.

Em 1997, o viticultor fundou a Kir-Yanni, após sair da Boutari por conta de uma briga com o próprio irmão. Em 2003, Boutaris foi homenageado pela revista Times, por conta de suas contribuições à sociedade grega.

Leia mais em Wine Report

Eologicamente correto

A Associação de Viticultores Orgânicos da Nova Zelândia (OWNZ) iniciou uma campanha com o objetivo de que, até 2020, pelo menos 20% dos vinhedos do país sejam orgânicos.

A OWNZ reúne 140 produtores adeptos da agricultura orgânica na Nova Zelândia. No ano passado, a associação entrou em contato com a New Zealand Wine Growers (NZW), entidade que defende os interesses dos viticultores do país, para que juntassem forças no incentivo à cultura orgânica.

Leia mais em Wine Report

Vinho antigo

Uma vinícola com mais de seis mil anos – a mais antiga já encontrada – foi descoberta em um complexo de cavernas nas montanhas da Armênia, por um time internacional de arqueólogos. No lugar, foram encontrados um tonel que serviria para prensar as uvas, jarras usadas na fermentação do mosto e até um cálice primitivo.

Segundo Gregory Areshian, da Universidade da Califórnia, Los Angeles e co-diretor da escavação, embora outras evidências de consumo e fabrico de vinho mais antigos já tenham sido encontrados, este é o mais remoto esboço de uma linha de produção completa já descoberto.

A descoberta foi anunciada hoje pela National Geographic Society e publicada na versão online do Journal of Archaeological Science.

Leia mais em http://www.winereport.com.br/winereports/vinho-antigo/808

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A viagem da madeira

Das florestas da Espanha até a destilaria da Macallan. Esta foi a viagem feita pelo fotógrafo Albert Watson, que fotografou toda o trajeto da madeira usada para edição limitada do Macallan Sherry Oak 20 Years Old.


Durante doze dias, o fotógrafo viajou cerca de 1,1 mil quilômetros, captando imagens para serem usadas como rótulos do uísque. Na edição limitada, cada garrafa virá com uma fotografia de Watson no rótulo, e mais um conjunto de outras dez gravuras da viagem. O preço: 700 libras, o equivalente a R$ 1.835.


Leia mais em http://www.winereport.com.br/winereports/macallan-lanca-edicao-especial-com-rotulos-reproduzindo-fotos-de-albert-watson/801

A Penfolds é (RED)


A vinícola australiana Penfolds anunciou a adesão à uma campanha global que visa erradicar a AIDS. A (RED) é um fundo mundial, cuja intenção é trazer o setor privado ao combate da doença, especialmente no continente africano.

Segundo a Penfolds, 15% da venda total das marcas Koonunga Hill e Thomas Hyland, duas das mais populares da vinícola, irão para a (RED).