terça-feira, 10 de abril de 2012

Farra marinha


No final de semana, a convite de um casal de amigos, Alexandre e eu fomos almoçar no Satyricon, em Ipanema. Não ia lá fazia muito tempo. Antigamente, quem me levava lá era o meu pai. Como ele não mora no Rio, quando vinha me visitar, sempre fazia questão de marcar alguma coisa por lá. Mas faz tempo que ele não aparece por aqui.

Logo na entrada você já se depara com uma espécie de peixaria, todos os peixes e crustáceos lá expostos. Isso sem falar no aquário que também é impressionante. Mesmo assim, com essa infinidade de frutos do mar, se engana quem pensa que não servem carne. Está no cardápio, eles até oferecem, mas eu é que não ia pedir.

Como nossos amigos são habitués do restaurante, todas as escolhas ficaram por conta deles. E eles acertaram na mosca. Comecei atacando vorazmente os pães de queijo. Aí pensei que deveria me controlar, afinal ninguém vai num restaurante daqueles pra se empanturrar de pão de queijo. Mas eram bons.

Logo em seguida, para minha felicidade, chegou uma travessa gigantesca com vários potinhos com peixes preparados com diferentes temperos. Um cortado bem fininho temperado com pimenta, outro com aneto. Tinha carpaccio, guacamole e ainda vieiras, que estavam maravilhosas, as melhores que já comi no Brasil. Segundo o garçom, são de Arraial do Cabo, para minha surpresa. Pensei que fossem de Santa Catarina. Nada de molhos roubando o gosto das coisas, tudo muito bom.



Depois passamos para os lagostins. Lindos, tenras e até adocicados de tão frescos. Mais uma vez feitas da maneira mais simples. E as lulas também não foram esquecidas. Vieram em duas versões uma só grelhada e outra com molho e pimenta. Da pimenta eu até que gostei, mas foi a grelhada que me conquistou. E não é aquele tipo de lula que desmancha na boca não, mas não é borrachuda e como tem que ser. Quase me esqueci de falar dos cogumelos e que cogumelos. Parecia um filé, macios que só eles. Somente grelhados com salsinha.





Quando achei que tínhamos encerrado a comilança, nosso anfitrião nos disse que tínhamos que provar uma massa imperdível. Então dividimos um pouco para cada um na mesa. Uma massa feita com grão duro, tomatinho, e lagosta. Saboroso e simples. A massa al dente, a lagosta macia e o tomate com sabor. Não precisava mais nada e a porção foi no tamanho ideal. O garçom nos informou que quando quisesse pedir esse prato novamente, é só dizer que é a massa que o seu Jorge pede, Jorge era o nome do nosso anfitrião.



Na hora da sobremesa, foi a nossa anfitriã quem deu o pitaco. Pediu logo um tiramissu, para dividir é claro. Todo molhadinho, e vinha com uma calda de chocolate. Na medida.



Portanto, se você pensa em ir em breve ao Satyricon, guarde este texto. Quem escolheu os pratos sabia o que estava pedindo. E, afinal de contas, é o que dizem: quem tem amigos, não morre pagão.

Satyricon
Rua Barão Torre, 192 - Ipanema
T. 2521-0627
www.satyricon.com.br

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