sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Vale a pena tropeçar

por Luciana Plaas

Quando abriu, o Degrau tinha outro nome. Chamava-se Progresso. Na porta, havia um degrau traiçoeiro, onde muita gente tropeçava. Tão famoso ficou o tal degrau, que acabou por mudar o nome do restaurante. Isso já tem bem meio século!

Pois não é que os atuais donos do Degrau resolveram abrir um boteco! Ao lado do restaurante, onde funcionava um açougue. E decidiram chamar o lugar de Tropeço. Mas, pelo menos que eu tenha notado (ou tropeçado), ali não há nenhum degrau traiçoeiro, esperando para derrubar os mais incautos!

Desde que abriu, o bar vive cheio. Hoje, no meio da tarde, calhou de estar vazio. Não nos fizemos de rogados. Aproveitei que estava com a minha máquina a tiracolo e entramos. Pedi uma Caipirinha de caju (R$9,50), com cachaça Nega Fulo. Um clássico. Pedi o cardápio, mesmo sem fome. Logo vi algo que me chamou atenção: Mandioca metida a besta (R$15,90). Cozida, passada na manteiga e com salsa. Leva parmesão, que pedi para vir separado. Estava uma delícia.



Depois, provei os Pastéis, uma das especialidades do Degrau. Um de queijo, simples e um outro de mussarela de búfalo com tomate (R$ 12,90). Estavam sequinhos, mas o recheio estava frio. Fiquei na dúvida se não fritaram o suficiente ou se o queijo era de má qualidade.



Descobrimos um drinque, o Caipilé (R$ 7). Nada mais é do que uma caipivodca com um picolé dentro. Muito refrescante. Dos que provamos, melhor foi o de frutas vermelhas com picolé de uva. Que delícia! O problema é que quando alguma coisa dá certo, nós nos permitimos ousar um pouco mais. E o Alexandre quis experimentar uma criação da casa, o mojito de uvas verdes (R$9,00). Péssima escolha. Não satisfeito, arriscou um mojito tradicional (R$11,50). É o tipo de drinque que parece super simples de se fazer. Mas não é. O barman titular da casa estava de folga. Não serve como desculpa, afinal, o padrão precisa ser mantido.

Mas não foi o único tropeço da tarde. Pedimos o Sirizinho nada egoísta (R$ 14,90). Eram duas casquinhas de siri, um tanto pesadas, e com menos siri do que o desejado. Menos mal que depois pedimos os Camarões boêmios (R$25,90). Eram camarões empanados, com um molho tipo maionese, que é até desnecessário, tão bons estavam os crustáceos! Divinos! Sequinhos, e no ponto certo!



Uma coisa bem legal deste boteco é o cardápio. Nomes criativos, descrições apetitosas dos pratos. Ambiente bom e serviço idem. Resumindo, tem tudo pra dar certo. Mas nem tente chegar nos horários de pico. Ou correrá o risco de tropeçar em uma fila de espera nada apetitosa!

Tropeço
Avenida Ataulfo de Paiva 517, A
Leblon
(21)2239-3121
www.bartropeco.com.br

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